Tânya Marques Cardoso | Elizabeth Maria Freire de Araújo Lima
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

As relações entre música, cura e tratamento em História da Loucura de Michel Foucault
Dedalus 22-23 (2018-2019), pp. 217-235. Download PDF

Abstract
This text intends to discuss the relations between music, treatment and cure of mental illness in body, soul and mind of mad people as problematized in Michel Foucault’s Madness and Civilization: A History of Insanity in the Age of Reason. Music was part of mental illness treatment, according to principles that oriented the process of healing in the classical era. According to the principle of consolidation, music would serve to reactivate physical power, restore its equilibrium by awakening certain excitatory state capable of promoting communication between body and soul. The principle of healing by immersion leads to think the power of music as farmacon, since there would be something external to the body that would act on it against diseases, through the material virtue of the musical instrument. Music as a metaphor of the cosmos in contact with the body and soul of the subject represents, in the model of the regulation of movement, a means of promoting sensation and regulation in acts that are in disharmony with the rhythm imposed by the external world. The text concludes with the reaffirmation of Foucault’s contributions to the construction of future studies in Music Therapy and musical (bio)politics.
 
Keywords
Madness, Music, Foucault, History of Music therapy, History of Music in Medicine



Biographical notes
Tânya Marques Cardoso é Musicoterapeuta pelo Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, está em doutoramento em Psicologia e Sociedade na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Letras, Campus de Assis, São Paulo, Brasil. Leciona na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no curso de Psicologia. Pesquisa desde 2008 a articulação entre música, subjetividade e saúde como membro do grupo de pesquisa Deleuze/ Guattari e Foucault, elos e ressonâncias na linha de pesquisa Devires da arte na obra de Deleuze/Guattari e Foucault e no grupo Saúde Mental e Saúde Coletivana linha Atenção Psicossocial na Saúde Coletiva, ambos cadastrados no Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/Brasil). Em 2016, publicou Terapêutica musical na Saúde Mental de São Paulo: recorte sobre higienismo, psiquiatria e disciplina no hospital do Juqueri, início do século XX em co-autoria com Elizabeth Araújo Lima.

Elizabeth Maria Freire de Araújo Lima doutorou-se em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, graduou-se em Terapia Ocupacional e é professora livre docente na Universidade de São Paulo, bem como no curso de pós-graduação em Psicologia e Sociedade na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Letras, Campus de Assis e pós-graduação Interunidades Estética e História da Arte da USP. Pesquisadora da interface Arte-Saúde, é líder do grupo de pesquisa do Laboratório de Estudo e Pesquisa Arte e Corpo em Terapia Ocupacional, em que orienta nas linhas de pesquisa Arte, Corpo e Terapia Ocupacional e Atividades humanas, processos criativos e produção de subjetividade e do grupo Saúde Mental e Saúde Coletiva. Publicou em parceria com outros autores, na Annual Review of Critical Psychology em 2018, o artigo intitulado Don’t stay silent: Network of Female Professors against Gender Violence at University of São Paulo (USP).